sexta-feira, 29 de abril de 2011

Sonho



Estava no chão de um bosque.  Tudo era um silêncio morno e envolvente. Ainda posso sentir o cheiro das folhas, o gosto amadeirado e úmido. A luz permeava pelos galhos em tons amarelados. O chão era de um verde musgo, de pedras cobertas com limo; porém, confortável como um campo macio. Eu, deitada, observava o brilho ensolarado e distante, que se detia nas folhas verdes e chegava apenas em nesgas ao chão. Devia haver uma cachoeira ali por perto. Pensei em ter ouvido a água correr. O Sol brincou com os movimentos dos galhos pelo vento; caleidoscópio de luzes. Silêncio. O tempo parou.
Não lembro como acordei.

Ilustração: Hayala 

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