Tácito

Olhe. Tenho muito.
Muito pouco também,
Mas muito mais do que você pode querer.
Ainda assim, tenho medo,
Medo de lhe dizer
Medo de lhe sentir
De me abrir e perceber
O equívoco de sempre
O desprazer de saber
O não querer.

Poema: Thales Augusto

Ilustração: Raff Ribeiro

Seja você

Seja você....

Pois não importa daonde você veio,

Muito menos a língua que você fala.

o que importa é....

ser importante para alguém!

Poema: Felipe Malacrida

Arte: Maria Luzia 

Noite

E essa noite
choveu tanto no meu travesseiro
quanto lá fora

E essa noite
parece não ter fim,
já são mais de meio dia
e cadê o sol que ainda não o vi?

Só quero saber
quando a noite vai ir embora,
a chuva vai parar,
o arco-íris sair
e você voltar.


Poema e Fotografia: Jef Nascimento

Macacos

Macacos com escamas e olhos negros nascem ao lado de uma árvore nascida ao lado da biblioteca de livros queimados pelos loucos nascidos no deserto.

Microconto: Alexandre Jubran
Arte: Jef Nascimento

Miragem

Meus olhos procuram
os seus antes de dormir
e por teu sorriso quando
se abrem ao amanhecer


E o dia todo
almejam lhe ver
todo o dia a sina
mesmo sem querer

Poema: Jef Nascimento
Arte: Danilo Fernando

Haikai

"Não procure alguém para responder

perguntas, que só seu coração,

sabe a resposta".

Haikai: -

Arte: Lucas Bandeira

Lembranças

vai...

volta...

vai...

volta...

pro céu foi,

e não voltou.


Poema: Jef Nascimento
Ilustração: Camila Sepriano

Banho

É quando ligo o chuveiro

E a água desce por meu corpo

Quente, macio, ensaboado.

E lá vem o nevoeiro!

É quando ligo o chuveiro

Que penso no meu dia

E nos outros que passaram

E lá vem o nevoeiro! 

É quando ligo o chuveiro

Que sou autêntica, sou eu,

Tenho todas as personalidades.

E lá vem o nevoeiro!

É quando ligo o chuveiro

Que tenho crises, viro dançarina,

Astronauta, palhaça, amante.

E lá vem o nevoeiro!

É quando ligo o chuveiro

Que percebo como as coisas passam rápido,

E ainda como consigo parar tudo quando desejo

E lá vem o nevoeiro!

É quando desligo o chuveiro

Que tudo já foi embora:

Sabão, dançarina, palhaça.

E cadê o nevoeiro?

Eventos, momentos, pessoas

Água que me tocou e foi embora.

Poema: Ana Cláudia

Arte: Felipe Malacrida

Agosto

Que se vá embora um agosto
cheio de desgosto
e venha um setembro
de novos e bons momentos


Poema: Jef Nascimento
Arte: Danilo Fernando

Devaneio

Acordando:

vejo você do meu lado.

Se não estiver:

continuo sonhando.

Poema: Jef Nascimento

Ilustração: Djan Arcanjo

Desabafo

Sobre  o que escrever?
Estou entupido de idéias!
Não tenho tempo para pensar,cantar,assoviar, sorrir...
Sobre o que falar?
Estou entupido de desejo!
Não tenho tempo para mim...
Meu caderno anda jogado,sozinho!
Não consigo escolher,
Mas são tantas escolhas a ser feitas,
É tanta mudança repentina.
Com o susto dessas mudanças chuto o balde!
E me molho! Molho de nada, não cabe mais nada!
Repito! Estou entupido, e triste, e sozinho...
Volta caderno!
Volta. Mas vem até mim.
Preciso desabafar com voce,
Mas não consigo ir até ai...
O Fardo é pesado, não me deixa andar, pensar,
cantar, assoviar, sorrir, namorar, brigar, existir...
Volta caderno, não se importe com as revoltas ou o espanto que causará.
É de novidades que eles precisam!
E é de  ignorância que eles se fartam!
Deixe que escorra por qualquer lugar!
Que chegue aos ouvidos do Papa o que quero expressar!
Deixe que se comovam, que reflitam ou que se matem..
Sei la!!
Garanta seu espaço, serão obrigados a te aceitar.
Estou entupido de mim,
do lixo que bate a minha porta querendo entrar,
da fama de Ronaldo, ou das guerras atoa!
Preciso me expressar...
Vou tirar isso de mim, passar para você!
E desculpe-me se te chamarem de vaso...
...Onde o pior é deixado!
Mas preciso esvaziar a quantidade de merda e coisa torpe que tenho tido que escutar!
Volta caderno.


Poema: Gustavo Henrique & Daniela Amaral 
Ilustração: Camila Sepriano

Haikai 2

Brisa matutina 

O voo da gaivota 

paralisa as nuvens 

Haikai: Alvaro PosseltIlustração: Gustavo Rocha

Seu Colo

Colo macio, Pele de menina

Colo atrevido, Seios de mulher

Colo gostoso, Casa do amor

No seu colo deito minha alma

No seu colo encontro a vida

No seu colo tenho força

Em seu colo repousa a az

Em seu colo vive a alegria

Em seu colo dobro a dor

É nesse colo que tanto falo

Que bate o coração que tanto amo

Poema: Marcelo Mareco 

Design: Gus Moreira

Ilustração: Bruno Andrade

O ponto

Não é atraente ou limpo.

Não consegue te proteger da chuva.

Nem ao menos de ladrões.

É muitas vezes quebrado

E ainda assim, está sempre lotado.

Poema: Ana Cláudia

Fotografia: Rudá Cordaro

2º Prêmio design Di poesia "Melhor Texto"

Após votação em nossa página no facebook o Segundo Prêmio do Blog #designDipoesia será o de "Melhor Texto". Até o dia 15 de julho os 10 textos mais visualizados aqui no Blog entrarão em votação em nossa página do facebook. Os dois textos que receberem maior número de "curtir", seus atores receberam livros como prêmio. Participem! Colaborem! Curta http://www.facebook.com/designDipoesia

O Mágico

Irei fazer um curso de mágica;

Só não decidi ainda,

que truque eu farei:

Como fazer-te me amar

ou como te esquecerei.

Poema: Jef Nascimento

Ilustração: Bruno Omena

O Crespúsculo

Com ela vem o medo.
Velas acesas.
Desperta-se o desejo.

Haikai: Jef Nascimento

Ilustração: Danilo Fernando

Alma

Olhou dentro de si
e encontrou muito de outros

Microconto: Jef Nascimento

Ilustração: Danilo Fernando

Gênesis

Antes do TUDO,
o início. 

Microconto: Jef Nascimento

Ilustração: Raff Ribeiro

Tibet

A medida que a neve caía,
tornava-o mais puro.


Microconto: Jef Nascimento
Ilustração: Danilo Fernando

Destino

vou voar girando 

as rodas da glória

respirando alto

marcando minha história

mas isso não é nada

é só o que acredito

como se isso importasse

vou continuar voando

gritando pelo meu destino

Poema: Gustavo Rocha

Fotografia: Leandro Mise

Eu curto o #designDipoesia

A Homologia

Somos todos homólogos.

Logo,

necessitamos de um par.

Microconto: Jef Nascimento

Ilustração: Camila Sepriano

Haikai3

Passos lentos

No estralar das folhas secas

o pulo das rãs

Haikai: Alvaro Posselt
Ilustração: Cristiane Dér

Oasis

Todos os caminhos levam à algum lugar.
Mas somente o brilho dos seus olhos
me levam até seu coração.

Poema e Ilustração: Jef Nascimento 
(dedicado a Iara Vicentini)

Haikai4

Meus olhos refletem
a luz de uma noite inteira
Passa a lua grande

Haikai: Alvaro Posselt
Ilustração: Thami Nascimento

Haikai1

Voo do mergulhão

Meu olhar se perde

na espuma do mar

Haikai: Alvaro Posselt
Ilustração: Felipe Malacrida

Medo

Eu iniciei minha história

correndo deste tormento vermelho

com os fogos da guerra consumindo minha mente

tentei correr

para ter a paz 

de desenhar meu destino

mas caí em um buraco

cavado por um piroclasma

não tive escolha

precisei pular na explosão

exercitos de espíritos

tentavam roubar a minha alma

como pude desistir?

Se eu costumo ser o medo...

O medo não é mais meu inimigo

meu inimigo sou eu.

Poema: Gustavo Rocha

Ilustração: Bruno Andrade

Passou

Noite vai, noite vem. 

Não perca seu tempo com besteira.
Não se iluda por ninguém.
Pois a vida é passageira.

Poema: Felipe Malacrida

Fotografia: Rudá Cordaro

Sonho

Estava no chão de um bosque.  Tudo era um silêncio morno e envolvente. Ainda posso sentir o cheiro das folhas, o gosto amadeirado e úmido. A luz permeava pelos galhos em tons amarelados. O chão era de um verde musgo, de pedras cobertas com limo; porém, confortável como um campo macio. Eu, deitada, observava o brilho ensolarado e distante, que se detia nas folhas verdes e chegava apenas em nesgas ao chão. Devia haver uma cachoeira ali por perto. Pensei em ter ouvido a água correr. O Sol brincou com os movimentos dos galhos pelo vento; caleidoscópio de luzes. Silêncio. O tempo parou.

Não lembro como acordei.

Conto: Carol Freitas

Ilustração: Hayala 

Delírios

Morrer de amor pra quê?

O poeta atormentava-se buscando.

Deixo de ver poetas agora.

Quando antes na taverna,

decepção amorosa aqui e lá.

Um lugar escuro com o clima pesado do demais saber.

Quero viver de luz, sexo e, se der sorte,

amor até o fim das minhas noites.

Poema: Ana Cláudia

Ilustração: Camila Sepriano

O alienado

Amor é coisa de louco
Quem não sabe amar
Que vá pára o manicômio


Haikai: Jef Nascimento
Ilustraçãoe e Fotografia: Carol Freitas

Bolinhas de sabão

Na solidão dos meus pensamentos errantes e não-resignados existe um lugar que é o mais próximo que já cheguei de mim mesma, é um mundo onde não são necessárias armas, onde sou mais verdadeira do que jamais consegui ser fora dele.

É o meu mundo.

Lá meus olhos são como janelas, e as pessoas são como bolinhas de sabão, frágeis, dançando ao ritmo do vento.
Lá percebo que a maior parte do tempo sou tão alheia a mim mesma, que deixo de me perceber. Sou como bolinhas de sabão... sou como as crianças que fecham os olhos para se esconder...

Conto: Kátia Batista

Ilustração: Raff Ribeiro

O Clímax

Bastou uma curva,

para se conter a euforia.

Microconto: Jef Nascimento

Ilustração: Felipe Malacrida

Te conheço

Te conheço a muito tempo. 

Te conheço toda a vida. 

Te conheço por acaso. 

Te olho nos olhos. 

Te falo o que eu quero. 

Te ligo mais tarde. 

E lá eu te espero.

Poema: Felipe Malacrida

Ilustração: Danilo Fernando

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Para comemorar um mês dos primeiro post no Blog: O post que houver maior número de visualizações únicas até o dia 13/05 será o vencedor. Este, receberá um prêmio que será previamente publicado aqui no Blog, bem como o regulamento completo.
Participem. Divulguem. Colaborem.